Foto: Jardy Lopes / Assecom Tk |
Festival Yawa é realizado na Aldeia Nova Esperança há 13 anos
Culturas e tradições do povo Yawanawá são tema do Festival Yawa. Há 13 anos, o festival é realizado na Aldeia Nova Esperança, às margens do Rio Gregório, afluente do Rio Juruá, na Terra Indígena do Rio Gregório. Coordenada pela Cooperativa Yawanawá (Coopyawa), com o apoio da Prefeitura de Tarauacá, a festa reúne desde o dia 25 de outubro, o povo Yawanawá, e segue até o dia 30.
Foto: Jardy Lopes / Assecom Tk |
O evento faz parte do projeto
de 'etnoturismo da comunidade' e recebe o apoio da Secretaria de Turismo e
Lazer do Estado na promoção da rota Caminho das Aldeias, da Prefeitura de
Tarauacá, através da Secretaria de Esporte, Cultura e Turismo e da
Biodiversidade. Para receber os povos que vivem nas outras sete aldeias da
Terra Indígena, o Festival reduziu o número de acesso dos visitantes.
Há 13 anos realizado na Aldeia
Nova Esperança o festival reúne toda a população Yawanawá.
Ao todo, são 985 indígenas da
etnia Yawanawá (438 somente da Aldeia Nova Esperança) irão celebrar a vida e o
resgate de sua cultura, na qual se incluem a oralidade, os cantos, as danças, a
espiritualidade, as brincadeiras, a culinária e o belo artesanato. "Será
um grande momento de encontro do nosso povo, é esse o grande objetivo do
festival este ano", explica o coordenador-geral, Biraci Brasil Júnior.
Para os visitantes, o momento será de aprendizado e de vivência do cotidiano
desse povo.
De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno que esteve acompanhado do secretário de cultura, esporte e turismo, João Maciel, este é um evento que confirma a presença do índio e a integração com o homem branco. “O Festival Yawa é uma oportunidade de congraçamento com os povos indígenas, além de promover a discussão de questões que envolvem o tema. A forma como eles vivem em suas comunidades também nos ensina muito sobre o respeito ao outro e ao meio ambiente”.
A secretaria investiu em
infraestrutura e apoio logístico em outros festivais semelhantes ocorridos ao
longo do ano, como o Mariri (Yawanawa), o Xinã Bena (Kaxinawá) e a Copa das
Árvores. "É um produto que dá grande visibilidade ao Acre, porque é muito
rico cultural e socialmente. Muitas pessoas têm interesse em conhecer melhor
esse aspecto da nossa cultura. Nosso papel é oferecer subsídio para que as
comunidades indígenas possam receber bem esses turistas", explica o coordenador
do setor de turismo básico em Terras Indígenas, Francismar Costa, o 'Maim'.
Muitas origens, um só destino
O maior número de turistas provém da Região Sudeste do país, especialmente, do estado de São Paulo. Do exterior virão turistas dos Estados Unidos, França, Inglaterra e outros países da Europa. A preocupação dos Yawanawás com a segurança geral da festa e dos visitantes passa não só pelo número de pessoas que estarão na Aldeia Nova Esperança nos seis dias de festa, mas também sobre quem são e o que fazem essas pessoas.
Público de vários países participaram
dos 5 dias de festival. Foto: Jardy Lopes/ Assecom Tk
Para chegar até lá, é preciso
mais que paciência para enfrentar 8 horas de barco percorrendo o Rio Gregório,
talvez com pernoite em alguma margem do rio para breve descanso.
Os interessados em conhecer as peculiaridades e a história desse povo, precisaram preencher uma ficha com detalhes da vida pessoal e profissional, além de assinar um termo de responsabilidade em que se compromete a aceitar as regras de estadia, de comportamento e de boa convivência.
O documento especifica data de entrada e de saída. Ninguém pode permanecer no local, mesmo que queira. "E muitos querem, mas não podem. É determinação legal. Cumprimos todos os requisitos para manter o evento com alto nível de segurança para garantir o bem-estar dessas mais de 1,2 mil pessoas que estarão reunidas no festival", lembra Shaneihu Yawanawa.
Assecom Tarauacá
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